quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

O cinema em Filosofia

Vamos ver o filme "A Corda" de Alfred Hitchcock
A exploração filosófica deste filme é sugerida/proposta num blogue muito interessante



Dois amigos estrangulam um colega de curso, para estimularem o seu intelecto, e depois organizam uma festa para a família e amigos da vítima - com o corpo escondido dentro de um baú que estão a utilizar como mesa de buffet. À medida que os assassinos começam com conversas sobre cometer o "crime perfeito", o seu amigo professor começa a ficar cada vez mais desconfiado. Antes da noite acabar, o professor irá descobrir a maneira como os seus estudantes transformaram as suas teorias académicas em realidade arrepiante.


Comenta o filme que visionaste na perspectiva da sua abordagem filosófica.
Como avaliamos o acto de Brandon e Philip de acordo com as diferentes teorias relativas à questão da universalidade dos Juízos morais?

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Conflito de deveres



Paul Klee

“Durante a Segunda Guerra Mundial, os pescadores holandeses transportavam, secretamente nos seus barcos, refugiados judeus para Inglaterra e os barcos de pesca com refugiados a bordo eram por vezes interceptados por barcos patrulha nazis. O capitão nazi perguntava então ao capitão holandês qual o seu destino, quem estava a bordo, e assim por diante. Os pescadores mentiam e obtinham permissão de passagem. Ora, é claro que os pescadores tinham apenas duas alternativas, mentir ou permitir que os seus passageiros (e eles mesmos) fossem apanhados e executados. Não havia terceira alternativa.”
                                                                         (Filosofia, 10º ano, Plátano Editora)

O que fazer? A teoria de Kant dá resposta a esta situação?

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Utilitarismo


"Assim, entre a felicidade pessoal e a felicidade dos outros, o Utilitarismo exige que o indivíduo que seja tão rigoroso e imparcial como um espectador desinteressado e de boa fé (...) fazer o que desejaríamos que nos fizessem, amar e respeitar o próximo como a nós mesmos, é isto que constitui a perfeição ideal da moral utilitarista."
                                                                          Stuart Mill, O Utilitarismo

Teoria utilitarista de Stuart Mill

Duas teorias morais


Qual o fundamento da moralidade?
Distinção das duas teorias

COMPARAÇÃO ENTRE AS ÉTICAS DE KANT E DE MILL
QUESTÕES/ ASPETOS CENTRAIS
KANT
MILL
VALOR ÉTICO OU MORAL DE UMA AÇÃO
ÉTICA DEONTOLÓGICA
-        O valor moral da ação não depende das consequências.

-        O que determina o valor moral da ação é a intenção/ motivação da ação

-         A ação é boa quando é realizada por dever (por respeito à lei moral)
ÉTICA CONSEQUENCIALISTA
O valor moral da ação depende das suas consequências

Utilitarismo – Princípio da maior felicidade
Uma ação é boa se é útil, se traz felicidade felicidade ao maior número de envolvidos
IDEIAS CENTRAIS
A boa vontade é o bem último (supremo) – vontade de agir por dever
A única motivação realmente boa é o cumprimento do dever

Distinção entre: Ações por dever (são realizadas com intenção de cumprir o dever, são fins em si mesmas) e ações em conformidade com o dever (fazem o que deve ser feito mas por outros motivos)

O Imperativo categórico é um mandamento a que devemos obedecer sem condições - permite-nos identificar o dever.
Duas fórmulas:
- UNIVERSALIDADE – Age de modo  que possas desejar que a máxima da tua ação se torne lei universal
- HUMANIDADE – Trata as pessoas (e a ti próprio) como fins em si e nunca como meros meios

O Utilitarismo é uma ética consequencialista

A felicidade é o único bem com valor intrínseco

Felicidade (máximo de prazer e ausência de dor) – Hedonismo qualitativo

Princípio da maior felicidade as ações são moralmente boas se produzirem a maior felicidade ao maior número de envolvidos.


sábado, 12 de fevereiro de 2011

A escolha de Sofia

Filme - A Escolha de Sofia

Uma mulher polaca, com os seus dois filhos é presa num campo de concentração de Auschwitz. Os nazis colocam-na perante um terrível dilema: um dos filhos pode ser poupado à câmara de gaz mas tem de ser ela a escolher. Obrigada, acaba por escolher. Salva o seu filho mais velho e sacrifica a filha mais nova e mais frágil. Decidiu assim porque pensou que sendo o filho mais forte, tinha mais probabilidades de resistir e sobreviver nas duras condições do campo de concentração.

Avalia a escolha de Sofia segundo o ponto de vista utilitarista?


domingo, 6 de fevereiro de 2011

O Imperativo categórico

Paul Klee

"Todos os imperativos ordenam ou hipotética ou categóricamente. Os hipotéticos representam a necessidade prática de uma acção possível como meio de alcançar qualquer coisa que se quer ou que é possível que se queira. O imperativo categórico é aquele que nos representa uma acção como objectivamente necessária por si mesma, sem relação com qualquer outra finalidade. No caso da acção ser apenas boa como meio para qualquer outra coisa, o imperativo que a ordena é hipotático; se a acção é boa em si, o imperativo é categórico."
                                                          Kant, Fundamentação da Metafísica dos Costumes


"Peço  o livro emprestado mas não o vou devolver"

Como posso saber se a máxima da minha acção é moralmente correcta ou incorrecta?

Acções por dever e acções conformes ao dever

Van Gogh

“É na verdade conforme ao dever que o merceeiro não suba os preços ao comprador inexperiente (...) Mantém um preço fixo geral para toda a gente, de forma que uma criança pode comprar na sua mercearia tão bem como qualquer outra pessoa. É-se, pois, servido honradamente; mas isso ainda não é bastante para acreditar que o comerciante tenha assim procedido por dever e princípios de honradez; o seu interesse assim o exigia. A acção não foi, portanto, praticada (...) por dever, mas somente com intenção egoísta. (...)
Pelo contrário, conservar cada qual a sua vida é um dever, e é além disso uma coisa para que toda a gente tem inclinação imediata. Mas por isso mesmo é que o cuidado que a maioria dos Homens lhe dedica não tem nenhum valor intrínseco e a máxima que o exprime nenhum conteúdo moral. Os Homens conservam, habitualmente, a sua vida, conforme ao dever, sem dúvida, mas não por dever. Em contraposição, quando as contrariedades e o desgosto sem esperança roubaram totalmente o gosto de viver; quando o infeliz (…) deseja a morte e contudo conserva a vida sem a amar, não por inclinação ou medo, mas por dever, então a sua máxima tem conteúdo moral.”                                                                   
                                                                     Kant, Fundamentação da metafísica dos Costumes

A acção boa será a que respeita as normas? Qual a distinção entre legalidade e moralidade?
O que são acções em conformidade com o dever e acções por dever?

A Fundamentação da Moral



De todas as coisas que podemos conceber neste mundo ou mesmo, de uma maneira geral, fora dele, não há nenhuma que possa ser considerada como boa sem restrição, salvo uma boa vontade. O entendimento, o espírito, o juízo e os outros talentos do espírito, seja qual for o nome que lhes dermos, a coragem, a decisão, a perseverança nos propósitos, como qualidades do temperamento, são, indubitávelmente, sob muitos aspectos, coisas boas e desejáveis; contudo, também podem chegar a ser extrordináriamente más e daninhas se a vontade que há-de usar destes bens naturais, e cuja constituição se chama por isso carácter, não é uma boa vontade. O mesmo se pode dizer dos dons da fortuna. O poder, a riqueza, a consideração, a própria saúde e tudo o que constitui o bem-estar e contentamento com a própria sorte, numa palavra, tudo o que se denomina felicidade, geram uma confiança que muitas vezes se torna arrogância, se não existir uma boa vontade que modere a influência que a felicidade pode exercer sobre a sensibilidade e que corrija o princípio da nossa actividade, tornando-o útil ao bem geral; acrescentemos que num espectador imparcial e dotado de razão, testemunha da felicidade ininterrupta de uma pessoa que não ostente o menor traço de uma vontade pura e boa, nunca encontrará nesse espectáculo uma satisfação verdadeira, de tal modo a boa vontade parece ser a condição indispensável sem a qual não somos dignos de ser felizes.
(...) A boa vontade não é boa pelo que produz e realiza, nem por facilitar o alcance de um fim que nos proponhamos, mas apenas pelo querer mesmo; isto quer dizer que ela é boa em si e que, considerada em si mesma, deve ser tida em preço infinitamente mais elevado que tudo quanto possa realizar-se por seu intermédio em proveito de alguma inclinação, ou mesmo, se se quiser, do conjunto de todas as inclinações.

Emmanuel Kant, in 'Fundamentação da Metafísica dos Costumes'

- O que é a boa vontade?
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