sábado, 9 de novembro de 2013

O Argumento Determinista



Edward Hopper
(…) “Acredito no Livre Arbítrio. Não tenho outra escolha”.
Singer (Isaac Bashevis) sabia que este pequeno gracejo colocava uma questão filosófica séria. É difícil não pensar que temos livre arbítrio. Quando estamos a decidir o que fazer a escolha, a escolha parece inteiramente nossa. A sensação interior de liberdade é tão poderosa que podemos ser incapazes de abandonar a ideia de livre-arbítrio, por muito fortes que sejam as provas da sua inexistência.
E, obviamente, existem bastantes provas de que não há livre arbítrio. Quanto mais aprendemos sobre as causas do comportamento humano, menos provável parece que escolhamos livremente as nossas ações. Nenhuma das provas nos impõe esta conclusão, mas muitas provas de géneros diferentes apontam nessa direção, e o efeito cumulativo é o “livre arbítrio parecer cada vez mais parte de uma forma pré-científica de pensar.
Podemos designar por argumento determinista o seguinte:

1.       Tudo o que fazemos é causado por forças que não controlamos.
2.       Se as nossas ações são causadas por forças que não controlamos, então não agimos livremente.
3.       Logo, nunca agimos livremente.

Esta linha de pensamento é perturbante por causa do que parece implicar para a responsabilidade individual. Se não somos livres, então parece que não somos responsáveis pelo que fazemos.

Mas será que o argumento Determinista é sólido?

Uma teoria, o Libertismo, nega a primeira premissa do argumento e afirma que nem todas as ações são causalmente determinadas.

Outra teoria, o Compatibilismo, nega a segunda premissa e afirma que somos livres apesar das nossas ações estarem causalmente determinadas.


                                                           James Rachels, Problemas da Filosofia






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